segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

VALORES SALARIAIS A PARTIR DE JANEIRO - 2012

TABELA SALARIAL JANEIRO 2012

40 Horas Semanais

SINTE /SC

Sindicato dos Trabalhadores em Educação

Da Rede Pública de Ensino no Estado de

Santa Catarina


 


 

MAGISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL – Pessoal Efetivo – Tabela Base


 

HABILITAÇÃO 


 

NÍVEL 


 

A (01) 


 

B (02)


 

C (03) 


 

D (04) 


 

E (05) 


 

F (06) 


 

G (07)

MAGISTÉRIO

DE

2º GRAU

01 

1.234,48 

1.234,48 

1.234,48 

1.234,48 

1.234,48 

1.234,48 

1.234,48 

02 

1.234,48 

1.234,48 

1.234,48 

1.234,48 

1.244,88 

1.244,88 

1.244,88 

03 

1.244,88 

1.269,84

1.269,84 

1.269,84 

1.293,76 

1.293,76 

1.293,76 

LICENCIATURA

DE

1º GRAU

04 

1.269,84 

1.293,76 

1.293,76 

1.293,76 

1.293,76 

1.293,76 

1.326,10 

05 

1.293,76 

1.293,76 

1.293,76 

1.326,10 

1.359,26 

1.393,24 

1.428,07 

06 

1.326,10 

1.359,26 

1.393,24 

1.428,07 

1.463,77

1.500,37 

1.537,88 

LICENCIATURA

PLENA

07 

1.435,20 

1.471,08 

1.507,85 

1.545,55 

1.584,19 

1.623,79 

1.664,40 

08 

1.545,55 

1.584,19 

1.623,79 

1.664,40 

1.706,01 

1.748,66 

1.792,37 

09 

1.664,40 

1.706,01 

1.748,66 

1.792,37 

1.837,18 

1.883,11 

1.930,19 

PÓS-

GRADUAÇÃO

10 

1.792,37 

1.837,18 

1.883,11 

1.930,19 

1.978,44 

2.027,90 

2.078,60 

11 

1.930,19 

1.978,44 

2.027,90 

2.078,60 

2.130,56 

2.183,82 

2.238,42 

12 

2.078,60 

2.130,56 

2.183,82 

2.238,42 

2.294,39 

2.351,74 

2.410,53 


 

PROFº ADMITIDO EM

CARÁTER TEMPORÁRIO - ACT


 

HÁB/ COD


 

VALOR 

L. Plena (300) 

1.435,20

L. Curta (200)

1.234,48

S/ Habilit. (100) 

1.234,48

2º Grau (30) 

1.234,48


 


 


 


 


 

                 
 

OUTROS VALORES 

Sal. Mínimo Estadual 

730,00

Valor dia do Aux. Alimentação

10,00

Sal. Mínimo Nacional 

622,00

    


 

REGÊNCIA DE CLASSE

(Em Sala, Fora e Aposentados)


 

1ª a 4 ª Série 40 %

5ª a 8ª e 2º grau 25 %

SINTE/SC não abre mão da pauta de reivindicações

Neste inicio do ano letivo em Santa Catarina assim como nos anteriores, os problemas não diminuíram. Na escolha de vagas dos ACTs, ocorreram mudança de datas e horários sem a devida comunicação aos interessados, muitas escolas estão sem as mínimas condições de receber os alunos e professores, o calendário e horários foram pré-definidos pela SED e GEREDS, não respeitando a autonomia das escolas e ainda há acordos de greve não cumpridos. Para o governo a educação básica é um entrave da qual procura abrir mão, tentando resolver o assunto num balcão de negócios com os municípios.

Atento aos fatos o SINTE/SC já na primeira reunião realizada pelo Conselho Estadual nos dias 10 e 11/02/2012, reafirmou a pauta de reivindicações proposta em 2011, deixando claro que dela não abrirá mão. O governo sabe o que queremos, tem pleno conhecimento do assunto, pois todos os pontos da pauta foram amplamente discutidos, durante a greve e nas reuniões do grupo de estudos.

Lembramos aos/as trabalhadores em educação que a nossa mobilização, luta e capacidade de negociação levou o Estado de Santa Catarina a reconhecer que Piso é salário inicial da carreira sendo o nosso o único estado da federação a fazer este reconhecimento.

Diante disso, não podemos abrir mão de nossos direitos, nem perder os espaços de discussão já conquistados nas escolas. Nossa tarefa agora é manter o foco na luta pela Descompactação da Tabela Salarial, Reajuste do Piso, Revisão da Lei dos ACTs, Aplicação de 1/3 de hora atividade como hora aula conforme determina a Lei 170 (Sistema Estadual de Educação) encaminhando nosso calendário de lutas com reuniões de representantes, assembleias regionais e assembleia estadual casada com a Greve Nacional chamada pela nossa Confederação, pelo Piso, Carreira e 10% do PIB no PNE.

Encaminhamentos da Reunião Conselho Deliberativo – 10 e 11/02/2012

Regionais Presentes: Florianópolis, Tubarão, Criciúma, Blumenau, Joinville, Rio do Sul, Lages, Mafra, Joaçaba, Concórdia, Chapecó, São Miguel do Oeste, Itajaí, Caçador, Araranguá, Brusque, Xanxerê, Canoinhas, Jaraguá do Sul, Laguna, Ituporanga, Maravilha, Curitibanos, Ibirama, São José, São Lourenço do Oeste, Campos Novos, Videira, São Joaquim e Palmitos.

Municipais Presentes: Governador Celso Ramos, Orleans, Forquilhinha, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Urussanga, Capinzal, Herval do Oeste, Luzerna, Ouro, Caxambu do Sul, Coronel Freitas, Guatambu, Nova Erechim, Iporã do Oeste, Itapiranga, Palma Sola, São Domingos, Romelândia, Saudades, São Bernardino, Campo Erê, Mondaí, Cunha Porã.


 

Componentes da Diretoria Executiva Presentes: Alvete, Janete, Anna Julia, Sandro, Vieira, Tania, Evandro, Ines, Marcus, Marcelo Speck, Regina, Neuza, Claudete, Marcelo Serafim e Aldoir.

Pauta: Informes Gerais, Informes sobre Reuniões do Grupo de Estudos, Conjuntura e Avaliação, Calendário de Mobilização.


 

Encaminhamentos


 

Conjuntura:


 

a. Encaminhar por escrito à Diretoria Executiva os problemas que estão acontecendo, para que esta possa formular oficialmente a denuncia ao SC/Saúde;

b. Elaborar um documento padrão específico para isso;

c. Enviar ofício aos demais sindicatos de servidores públicos para discutir os problemas que estão ocorrendo no SC/Saúde;

d. Orientar as escolas a não cumprirem a IN 10 enquanto o governo não negociar com o sindicato,

e. Elaborar um documento jurídico com a posição política do SINTE/SC de questionamento e rejeição da IN 10;

f. Acompanhar e denunciar a falta de médicos no SC/Saúde, para garantir um atendimento de qualidade aos segurados;

g. Exigir que o governo respeite a Lei 1139 (art 15, inciso 1) que não condiciona as progressões à assiduidade e anistia das faltas;

h. Ajuizar ação judicial questionando o decreto 3593/2010;

i. Acompanhar a aplicação dos recursos do FUNDEB e a tramitação do PNE;

j. Apoiar as greves e denuncias sobre o que ocorre na educação no pais, através da CNTE;

k. Aprofundar o debate sobre o PNE na Conferencia de Educação e discutir formas de aperfeiçoar a política de escolha de vagas para os professores ACTs;

l. Discutir com a SED os problemas ocorridos com os/as profissionais que estiveram em licença de saúde e gestação, e que não conseguiram repor todas as faltas, cobrando a retirada destas faltas da ficha funcional; não havendo acordo, ajuizar ação judicial;

m. Realizar seminários regionais para discutir a reforma da previdência, até a Conferência Estadual de Educação;

n. Manter o foco na luta pela descompactação da Tabela Salarial, Reajuste do Piso e Concurso Público;

o. Exigir mais transparência nos processos de remoção funcional, especialmente nos casos de municipalização;

p. Exigir que os dias de formação continuada sejam considerados como dias de efetivo trabalho escolar (lei 170), não aceitar as atividades propostas para os sábados; denunciar ao MP,

q. Elaborar documento com esclarecimentos sobre o cumprimento de 40hs na escola;

r. Discutir no ultimo conselho do ano como será o atendimento no mês de Janeiro;

s. Dar continuidade ao processo de reestruturação do sindicato;

t. Encaminhar documentos que comprovam as denuncia de que estão sendo contratados cargos indicados, sem passar pela escolha, para o Ensino Médio Integral e Inovador;


 

Educacional


 

a. Continuas a discussão sobre Municipalização, Ensino Médio Integral e Inovador, Currículo e PNE;

b. Plano de Lutas: Reajuste do piso, descompactação da tabela, concurso público de ingresso, revisão da lei dos ACTs,

c. Cumprir 1/3 de hora atividade na escola apenas se tiver condições, e não pode ser utilizada a hora atividade para substituir professores, sempre considerando hora aula;

d. Que o professor dos anos iniciais não aceite que alunos de professores faltantes sejam encaminhados para suas salas,

e. Fim gradual das aulas excedentes;

f. Documento sobre a posição do SINTE/SC sobre o programa de correção de fluxo;

g. As regionais deverão encaminhar para a Executiva fotos e documentos com denuncias para a elaboração de um dossiê sobre a situação de abandono das escolas,

h. Os professores efetivos não deverão antecipar as aulas na falta de professores ACTs os efetivos;

i. Realizar uma Conferência Estadual de Educação até o final de maio, para aproximadamente 500 delegados, para debater as questões educacionais bem como a relação da saúde do trabalhador com a educação;

j. A Executiva irá encaminhar um documento de orientação para as regionais que tiverem interesse em sediar a conferencia, as quais deverão apresentar um pré orçamento até o próximo conselho, dia 16/03/2012.


 

Jurídico:


 

a. Tomar cuidado com a judicialização da luta, pois não é possível esperar para resolver tudo na justiça;

b. Já foi ajuizado MS 2011.083330-0 em nome do SINTE/SC, pedindo a inconstitucionaldade de pontos da lei 539/2011 que acabam com a progressão em alguns níveis e referências.

c. Será ajuizada ação cobrando os valores retroativos do piso, com base no argumento de que o STF, ao decretar a constitucionalidade da lei do piso, determinou a obrigatoriedade de seu cumprimento desde a sua promulgação.

d. A nova orientação da PGE sobre a aposentadoria especial não é uma mudança da PGE sobre o assunto ou do governo, mas uma conquista do sindicato que após inúmeras vitórias no judiciário obrigou o governo a acatar as decisões judiciais sem recorrer.

e. Será estudada a possibilidade de ação coletiva a partir desta nova orientação, para a revisão das aposentadorias já concedidas a partir de uma base legal equivocada.

f. Obtivemos decisão favorável em ação para manter a regência de classe nos casos de diminuição de turmas ou de extinção de disciplinas e também devido a municipalização.

g. Nos CEJAs foi garantida a manutenção da regência de classe, independente do número de alunos nas turmas.

h. Nas ações cobrando licença prêmio e férias proporcionais nas aposentadorias, o judiciário definiu que se faça uma espécie de rescisão, sendo que os valores devidos serão pagos em folha, considerando a remuneração bruta. Este direito também é estendido aos casos de pedido de exoneração, demissão e falecimento.

i. A ação sobre as progressões será ajuizada até o final do mês, mas alertamos que esta é uma ação difícil de obter êxito.

j. Já foi ajuizada uma ação, (023.11.056644-3), pedindo o pagamento retroativo de 1/3 de hora atividade e o tempo que não for convertido em hora atividade deverá ser considerado como aula excedente.

k. Esta sendo estudada a possibilidade de ajuizamento de outra ação judicial contra a IN-10, que estabeleceu a hora atividade para hora relógio, apesar do SINTE já ter ajuizado uma ação questionando este ponto.

l. As ações ajuizadas visando a nomeação de aprovados no último concurso e que não foram chamados foram vitoriosas, obrigando o estado a nomear os aprovados e ao pagamento retroativo à data que deveria ter acontecido a nomeação.

m. Sobre o pedido de parecer jurídico a respeito dos valores do Imposto Sindical, os quais tem caráter tributário e como tal passa a ser considerado recurso público, devendo ser tratado de acordo com o que a legislação determina, deve ser aplicada de forma vinculada ao que determina a CLT. Sobre o questionamento a respeito da devolução dos valores aos associados,foi alertado que o assunto não tem base legal.


 

Financeiro:


 

a. Todas as regionais, ao decidirem pela contratação de funcionários, deverão entrar em contato com o departamento pessoal do SINTE/SC para tirar todas as duvidas e obter os esclarecimentos sobre as condições e clausulas da contratação. Só podem ter vínculo com o sindicato dirigentes sindicais ou funcionários contratados, quaisquer outras formas de contratação são ilegais;

b. Os critérios de prestação de contas deverão ser seguidos pelas regionais para que estas não tenham seus repasses bloqueados.

c. Deverão ser juntados às prestações de contas o extrato mensal da Conta corrente, do primeiro ao ultimo dia mês. As notas não deverão ser coladas às copias de cheque. Devem observar as orientações de funcionamento já encaminhada, sob pena de devolução da prestação de contas caso venha fora dos padrões determinados. De acordo com Encontro de Organização realizado em fevereiro de 2011.

d. As contas bancárias são de responsabilidade dos Secretários Financeiros e Coordenadores Regionais/Executiva. Toda vez que houver troca do Coordenador Regional ou Secretário de Finanças, devem encaminhar ao setor financeiro estadual os documentos para substituição que seguem critérios estabelecidos pelo Banco do Brasil e o tempo para a efetivação da troca que leva em torno de um mês.

e. Apresentação e aprovação do relatório de receitas e despesas de 2011;

f. Apresentação e aprovação do orçamento para 2012, com ressalvas e o compromisso de as regionais estudarem e proporem alterações para a diminuição dos custos;

g. Manutenção do desconto para o fundo de greve em 16% até zerar o déficit e alcançar um valor positivo. Caso ocorrer uma Mobilização mais forte que demande recursos financeiros além do normal, dar-se-a continuidade aos 16% de desconto do fundo de greve.

h. Os relatórios de receitas e despesas deverão sempre ser enviados aos conselheiros (listagem sempre atualizada) antes da realização das reuniões do Conselho Deliberativo.

i. A Diretoria Executiva ira definir os critérios para a devolução dos recursos da contribuição sindical, de acordo com a decisão do Congresso do SINTE/SC.

j. Todos os documentos do financeiro deverão ser enviados por e-mail com antecedência e não serão fornecidas cópias dos mesmos no dia do Conselho Deliberativo.


 


 


 

Calendário de luta


 

29/02 – Reunião do CNE/CNTE;

13 a 17/02 - Reuniões de representantes;

Até 14/03 – Assembleias Regionais;

14/03 a 16/03: Greve nacional da Educação;

15/03 – Assembleia Estadual – 14hs – Clube Doze de Agosto, Florianópolis;

22/03 – Planejamento da Diretoria Executiva;


 


 

Moções:


 

Moção de repudio/denuncia à atitude do governado Alckmin e exigência ao governo federal sobre a desocupação em pinheirinho/SP e campanha de ajuda financeira.


 

Apoio ao abaixo assinado pela federalização da investigação do assassinato do professor Marcelino Chiarello.


 

Moção de Apoio do movimento de Greve do Magistério de Goiás.

Alimentação escolar - decisão do Tribunal Regional Federal.

Alimentação escolar - decisão do Tribunal Regional Federal.


 

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5006548-86.2010.404.7200/SC

RELATOR:Juiz Federal JOÃO PEDRO GEBRAN NETO

APELANTE:PEDRO FRANCISCO UCZAI

ADVOGADO:CRISTIAN JESUS DA SILVA

APELADO:ESTADO DE SANTA CATARINA

:FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE

:Secretário de Estado - ESTADO DE SANTA CATARINA - Florianópolis

MPF:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

EMENTA

AÇÃO POPULAR. EDITAL DE CONCORRÊNCIA Nº 026/2008.

CONTRATAÇÃO DE EMPRESAS ESPECIALIZADAS. PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR NAS UNIDADES DE ENSINO DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE SANTA CATARINA. RECURSOS PROVENIENTES DA COTA-PARTE DA CONTRIBUIÇÃO DO SALÁRIO-EDUCAÇÃO, DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA- FUNDEB E DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR-PNAE.

É indevida a utilização de recursos do FUNDEB no custeio de mão-de-obra em contrato de terceirização da preparação de merenda escolar.

Inviável a utilização de recursos da contribuição social do salário-educação para custeio de mão-de-obra em contrato de terceirização de fornecimento de merenda escolar.

O emprego de recursos do PNAE sem que devidamente cotados, item a item, os alimentos adquiridos, viola o que preconiza o art. 12, §1º, da Resolução FNDE n. 32/2006. A exigência de que os gêneros alimentícios tenham seus preços discriminados item a item se presta ao controle dos recursos públicos, no caso o PNAE, que somente podem ser destinados ao pagamento de alimentos.

Reconhecida a nulidade do Edital de Concorrência nº 026/2008 nulo, por violação aos princípios da moralidade e da probidade administrativa.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia 4a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, negar provimento ao apelo, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2012.

Juiz Federal João Pedro Gebran Neto

Relator

ASSEMBLÉIA REGIONAL DIA 09 DE MARÇO


 

O Sinte/Regional São Miguel do Oeste convida para a Assembleia Regional que será realizada no dia 09 de março de 2012, às 18:30h no salão paroquial católico em São Miguel do Oeste!

PS: As municipais que precisarem de ônibus devem fazer a solicitação com alguns dias de antecedência.

Contamos com sua Presença!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Trabalhadores em Educação indignados com a falta de compromisso do governador Colombo

A Executiva Estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (SINTE/SC), representante legítimo da categoria formada por 60 mil trabalhadores, está indignada com a falta de compromisso do governador Colombo, manifestada em entrevista divulgada pela imprensa catarinense nesta quarta-feira (21/12). O SINTE/SC denuncia que o Governo catarinense desrespeitou acordo feito com a categoria, durante a greve de 62 dias em 2011, e nas reuniões do grupo de estudos. Os trabalhadores em Educação apontam a contradição de Colombo, que recuou do compromisso assumido junto ao Sindicato. A atitude do governador causa indignação aos trabalhadores em Educação e à sociedade catarinense.


 

Em entrevista ontem à mídia catarinense, o governador Colombo mudou o tom e o discurso, principalmente, no que se refere ao cumprimento da Lei do Piso Salarial Profissional Nacional. Durante e depois da greve, o governador assumiu o compromisso de honrar o que foi determinado nacionalmente em lei pelo Supremo Tribunal Federal como índice para o reajuste do Piso em 22%.


 

Na entrevista, o governador Colombo considerou "Uma loucura" o índice de 22% de reajuste do Piso, e chegando a defender que Santa Catarina pague apenas 6%, que, segundo ele, corresponde ao aumento do índice do INPC dos últimos meses. As afirmações do governador surpreendem a Executiva Estadual do SINTE/SC, pois ele próprio desfaz os compromissos assumidos com a categoria, demonstrando falta de seriedade.


 

Além de garantir o pagamento do reajuste do Piso, o governador também se comprometeu de manter a regência de classe integral até janeiro de 2012, juntamente com a descompactação da tabela no referente à carreira dos profissionais do magistério estadual.


 

Para 2012, o SINTE/SC exige a continuidade da discussão das propostas, priorizando os acordos firmados durante o ano de 2011 (descompactação da tabela salarial, revisão da Lei dos ACTs e pagamento do índice de reajuste nacional do Piso). A categoria não aceita que sua vida profissional seja definida com a perda de direitos legitimamente conquistados.


 

Outro sério problema, citado na entrevista do governador, é quanto a merenda escolar. Segundo Colombo, "a merenda terá parte terceirizada". As lideranças do SINTE/SC e outras entidades representativas da comunidade catarinense defendem que toda a merenda escolar da rede pública estadual seja administrada pelo poder público, com compra direta dos alimentos e contratação dos trabalhadores através de concurso. Diante das manifestações do governador, o SINTE/SC intensificará os debates que vêm sendo feitos com lideranças das entidades para garantir transparência no processo.


 

O SINTE/SC reafirma seu estado de greve, proposto pela categoria em assembleia estadual, e já definiu calendário de mobilização para o início de 2012 tendo como pauta a defesa de seus direitos.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

RELATÓRIO DA AUDIÊNCIA ENTRE SINTE/SC E SED SOBRE O CALENDÁRIO DE REPOSIÇÃO

Após várias tentativas feitas pelo SINTE/SC, de marcar audiência com a SED, para discutir a reposição de aulas decorrentes do período de greve, e o término do calendário letivo/2011, finalmente, nesta 4ª feira (14/12), a Coordenação do SINTE/SC foi recebida pelo secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps, e pelas diretoras Gilda Mara e Elizete Mello.


 

O término do calendário escolar/2011 tem provocado vários problemas, principalmente em relação aos professores ACTs, que sofrem com ameaças de serem incluídos na dívida ativa, se não cumprirem a reposição e o calendário escolar determinados pela SED.


 

A coordenadora estadual do SINTE/SC, Alvete Pasin Bedin, ressaltou que, na primeira audiência com o governo, após a greve, ficou acordado que seria respeitada a autonomia das escolas para reposição das aulas, de acordo com os dias paralisados de cada professor. No entanto, a Diretoria de Ensino da SED fechou os calendários, e enviou várias propostas, com datas definidas, conforme os dias paralisados às escolas, não considerando os cronogramas elaborados pelas escolas.


 

Outro assunto levantado pelo SINTE/SC foi quanto ao aumento dos ataques contra os trabalhadores em Educação, por parte da SED, após a greve. Conforme as Coordenações Regionais do SINTE/SC, as escolas têm recebido essas informações, principalmente, quanto à pressão sobre os professores. Algumas escolas tiveram assembleias com a comunidade escolar, quando foram apontados vários problemas, como consequência de as aulas se estenderem após o dia 20 de dezembro, por exemplo, a falta de passe para o transporte de estudantes e professores. A GERED de Criciúma determinou que os diretores intensifiquem a fiscalização do cumprimento do calendário escolar, e, caso os diretores não cumpram a determinação, serão exonerados.


 

A reunião não atingiu o resultado esperado, segundo a Coordenadora do SINTE/SC, pois, por vários momentos, os representantes do SINTE/SC tiveram a necessidade de observar as diversas situações de punição contra os trabalhadores que aderiram à greve, e a forma com que vem sendo tratados dentro das escolas. "O que foi acordado, no final da greve, não está sendo cumprido, e a autonomia das escolas e seus calendários não foram aceitos", finaliza a Coordenadora.


 

Os professores Acts que estão em licença, segundo a SED, já foram pagos, e serão cobrados, se não fizerem a reposição. Quantos aos profissionais efetivos, a SED irá descontar os dias que não estão sendo repostos, a partir de fevereiro. Apesar das várias tentativas do SINTE/SC, para reverter esta decisão absurda, não houve negociação. A discussão deverá ir à Justiça. A licença gestação e outras questões pertinentes, segundo a SED, serão analisadas especificamente, em relação àqueles que participaram da greve.


 

Na audiência, foi feito questionamento sobre o reajuste do Piso Nacional, e a SED informou que o governo irá aguardar pronunciamento da Câmara dos Deputados, depois da apreciação do projeto de lei que altera a forma de reajuste do Piso (hoje é custo/aluno), onde os gestores municipais e estaduais querem que o mecanismo seja através do INPC – Índice Nacional de Preço ao Consumidor.


 


 

Encaminhamentos Reunião Diretoria Ampliada - 14/12/2011


 


 

Regionais presentes: Florianópolis, Tubarão, Criciúma, Joinville, Rio do Sul, Lages, Mafra, Joaçaba, Chapecó, São Miguel do Oeste, Itajaí, Caçador, Araranguá, Xanxerê, Canoinhas, Jaraguá do Sul, Laguna, Curitibanos, Ibirama, São Lourenço do Oeste, Campos Novos, Videira, São Joaquim e Palmitos.


 

Componentes da Diretoria Executiva Presentes: Alvete, Janete, Anna Julia, Sandro, Vieira, Tania, Evandro, Ines, Marcus, Marcelo Speck, Regina, Neuza, Claudete, Joaninha, Carlinhos, Marcelo Serafim e Aldoir.


 

Pauta: Informes Gerais, Informes sobre Reuniões do Grupo de Estudos, Conjuntura e Avaliação, Calendário de Mobilização.


 

Ao inicio da Reunião, diante da confirmação de reunião com a SED para tratar do calendário de reposição para as 10hs, foi definido pelo deslocamento de todos os presentes até o prédio da Secretaria para o acompanhamento da audiência. (Relato da audiência em anexo).


 

Encaminhamentos:


 

1 – Será proposto Mandado de Segurança coletivo em relação as faltas injustificadas nos casos de licenças médicas,

2 – Negociação nas escolas para que seja encaminhado o calendário com o encerramento das atividades em 30/12/2011, com todos os dias descontados sendo repostos;

3 – Deverão ser feitas denuncias na imprensa sobre os casos de assedio moral e perseguição que estão acontecendo nas escolas

4 - Exigir novamente do governo do estado a revisão do decreto da progressão funcional, que foi feito apenas em parte; não contemplando as reivindicações para as próximas progressões;

5 – Com a conclusão dos trabalhos do grupo de estudos, (relato sobre as conclusões em documento anexo), buscar negociação com o governador a partir de suas conclusões, sempre defendendo que nenhum direito seja retirado dos trabalhadores em Educação de SC.

6 – Sobre a escolha de aulas de acordo com a nova Instrução Normativa, ficou definido pela sua não aceitação, visto que esta é uma proposta da SED e não foi publicada, não tendo nenhum valor legal. O SINTE/SC já tem uma ação coletiva (023.11.056644-3), cobrando o cumprimento da hora atividade de acordo com a lei 11.738/2008, e para que seja considerada hora aula e não hora relógio.


 

Calendário de Mobilização para início de 2012:


 

Segunda semana de fevereiro: Reuniões de representantes;

Segunda semana de fevereiro: Reunião do Conselho Deliberativo;

14/03 a 16/03: Greve nacional da Educação:

14/03 – Discussão nas escolas;

Até 15/03 – Assembléias Regionais;

16/03 – Assembléia Estadual;

Prezados Representantes Regionais e Associados do SINTE/SC

O final de 2011 traz consigo a informação acerca de uma vitória histórica da categoria do Magistério Estadual. Acaba de ser publicada a mais recente decisão judicial favorável ao SINTE/SC, acabando com mais uma histórica injustiça imposta aos Professores da Rede Estadual!


 

Em meados de 2011, a Assessoria Jurídica do SINTE/SC ingressou com uma Ação Coletiva (AUTOS Nº 023.11.018389-7) para assegurar o recebimento da GRATIFICAÇÃO DE REGÊNCIA DE CLASSE E DEMAIS VANTAGENS, no caso dos Professores prejudicados pela diminuição de turmas (reenturmações, diminuições do número de aulas), extinção de disciplina e/ou municipalização do ensino, o que acarretava a perda de vários benefício atrelados à efetiva regência de classe (SALA DE AULA).


 

Agora a Justiça catarinense assegurou, com firmeza, o direito de todos os Professores prejudicados pela diminuição de turmas (reenturmações, diminuições do número de aulas), extinção de disciplina e/ou municipalização do ensino, à manutenção da Regência de Classe e demais benefícios (Abonos, Prêmio Educar e etc. - recentemente incorporados), bem como o direito ao recebimento de todos os valores atrasados!


 

A decisão de mérito do Juiz de Direito Hélio do Valle Pereira, publicada no dia 09.12.2011, reconheceu os seguintes direitos aos Professores da Rede Estadual:

a) o recebimento da Gratificação de Regência de Classe (código 1142), do Abono da Lei n 13.135/04 (código 1417), bem como Prêmio Educar (código 1413) para os membros do magistério que laborarem com a carga horária reduzida em sala de aula, ou sem reger classe, em virtude da diminuição do número de turmas, extinção de disciplinas e/ou da municipalização;

b) o recebimento da gratificação de Regência de Classe paga por período superior a dois anos e, ilegalmente suprimida, em face da restrição da atuação em sala de aula;

c) o reconhecimento do direito dos professores ao recebimento e incorporação aos seus proventos de aposentadoria da Gratificação de Regência de Classe (código 1142), desde a sua inativação até a efetiva incorporação; do Abono da Lei n 13.135/04 (código 1417), desde a sua instituição até a efetiva incorporação; do Prêmio Educar (código 1413), desde a sua instituição em março de 2008 até 01.08.2008; bem como do Prêmio Jubilar (código 1423), desde agosto de 2008 até sua efetiva incorporação.


 

Além de conceder a liminar (o que obriga o cumprimento imediato cumprimento da decisão), o Juiz de Direito impôs a pesada multa de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) mensais para o caso de descumprimento da ordem pelo Estado de Santa Catarina e pelo IPREV. Após a intimação (o que deve ocorrer em breve), o Estado de Santa Catarina e o IPREV terão o prazo de até 30 dias para cumprir a decisão, regularizando o pagamento de todos os Professores prejudicados (ativos e aposentados). Passado esse prazo, os Professores prejudicados poderão encaminhar pedidos de regularização de pagamento e revisão de proventos (junto a SED e ao IPREV), bem como deverão informar o SINTE/SC acerca da situação (encaminhando documentos que comprovem o descumprimento da decisão)!


 

Ademais, cabe reiterar que o sucesso dessa Ação Coletiva do SINTE/SC vem confirmar a importância da nova postura da Assessoria Jurídica do SINTE/SC, com a das demandas da categoria, o que contribui e muito para a efetiva satisfação dos direitos dos associados e a celeridade processual, já que diminui consideravelmente o número de ações.


 

Lembre-se que todos os membros do magistério (que tiveram prejuízos nos últimos 05 anos, por conta de diminuição de turmas (reenturmações, diminuições do número de aulas), extinção de disciplina e municipalização do ensino ) poderão buscar os valores atrasados, com o encaminhamento dos documentos para cobrança dos valores para cada associado. Dai a importância de que essa informação seja divulgada em toda as escolas da Rede Pública Estadual, para que todos os professores interessados possam buscar esse direito! Para tanto, são necessários os seguintes documentos, que já poderão ser encaminhados à Assessoria Jurídica do SINTE/SC por todos os interessados:

a) procuração individual de todos os interessados;

b) pedido de assistência individual de todos os interessados;

c) ficha funcional atualizada;

d) ficha financeira desde a ocorrência do prejuízo (diminuição de turmas (reenturmações, diminuições do número de aulas), extinção de disciplina e municipalização do ensino);

e) documento da Direção da Escola, declarando os períodos e circunstâncias detalhadas em que ocorreu a situação prejudicial (diminuição de turmas (reenturmações, diminuições do número de aulas), extinção de disciplina e municipalização do ensino);

f) cópia da portaria de aposentadoria, sendo o caso.


 

Com a notícia de mais essa expressiva vitória da categoria, nós da Assessoria jurídica do SINTE/SC queremos deixar a todos os membros do Magistério Público Estadual os votos de um feliz Natal a todos, e que tenhamos todos um 2012 pleno de realizações, continuando na firme luta em defesa dos interesses da categoria, ficando, desde já, à disposição para os esclarecimentos necessários!


 


 


 

Cordialmente,


 


 

Professora Alvete Pasin Bedin Professor Aldoir José Kraemer

Coordenadora Estadual Secretário de Assuntos Jurídicos e Trabalhistas


 

José Sérgio da Silva Cristóvam Marcos Rogério Palmeira

Cristóvam & Palmeira Advogados Associados Cristóvam & Palmeira Advogados Associados

Assessoria Jurídica do SINTE/SC Assessoria Jurídica do SINTE/SC

terça-feira, 29 de novembro de 2011

SINTE/SC se mantém firme na defesa da categoria

A Executiva Estadual do SINTE/SC se mantém firme na defesa dos direitos dos trabalhadores em educação, historicamente conquistados e deliberados pela categoria. Permanecemos coerentes e fiéis à pauta deliberada em Assembleia Estadual, defendendo os interesses do magistério nos espaços de negociação junto ao governo do Estado. Por isso, não podemos nos furtar da responsabilidade neste momento crucial em que a categoria precisa contar ainda mais com o apoio da entidade, sua representante legítima.


 

A Executiva Estadual do SINTE/SC, em respeito à decisão da categoria deliberada em Assembleia Estadual, reafirma que permanecerá no grupo de estudos constituído após a greve, até o dia 02 de dezembro de 2011.


 

Este grupo tem como objetivo manter aberto o canal de negociação para garantir a recomposição da tabela salarial, bem como para a revisão da Lei dos ACTs e todos os demais direitos de todos os/as trabalhadores/as em educação. Nosso compromisso é buscar todas as possibilidades de negociações até o dia dois de dezembro próximo. Após essa data, a categoria já está sendo convocada a realizar reuniões de representantes e intensificar as mobilizações.


 

Durante todas as reuniões realizadas, os representantes do SINTE/SC sempre debateram e defenderam as propostas discutidas e aprovadas pela categoria, nos fóruns específicos para tal fim. Por isso, lamentamos a decisão do grupo minoritário da Executiva Estadual do SINTE/SC que deliberou pela saída do grupo de estudos. Visto que este é o momento mais importante do grupo na luta em defesa dos direitos trabalhadores/as em educação.


 

A Executiva Estadual do SINTE/SC questiona a postura do governo que, até o momento, não apresentou proposta clara de carreira, com percentuais definidos de descompactação da tabela salarial. O que aparece nas diretrizes apresentadas é a retirada de direitos; aumento do tempo para progressão, supressão do mestrado e doutorado da tabela salarial, implementação da meritocracia e, como se não bastasse, o entendimento equivocado em relação à 1/3 de hora atividade.


 

No ponto que trata da Lei dos/as ACTs, mais uma vez o governo desrespeita o acordo de greve. O compromisso assumido era a revisão de pontos da lei que prejudicavam o setor. A proposta do governo desconsidera a posição do SINTE/SC, transformando os contratados em horistas, mantendo e reforçando as cláusulas punitivas e precarizando ainda mais o magistério.


 

Quanto ao anúncio dos reajustes do vale-alimentação e salarial de 8% ao conjunto de servidores, significa evidenciar o resultado da luta que nossa greve colocou na pauta de discussão do conjunto dos/as servidores/as públicos estaduais. Temos de nos manter alertas em relação à diferença existente entre a proposta do governo e o reajuste do piso nacional. Vale lembrar que este foi o compromisso assumido publicamente pelo governo.


 

O grupo de estudos significa, para a Executiva Estadual do SINTE/SC, o espaço para exigir do governo o cumprimento do acordo de greve, principalmente em relação à apresentação de percentuais para recomposição da tabela salarial.


 

No entanto, para que esse processo obtenha resultado é fundamental que todos os/as trabalhadores/as em educação se mantenham alertas e mobilizados, acompanhando e reforçando as ações da entidade.

Nesse sentido, estamos propondo que sejam feitas reuniões de representantes em todas as regionais para debater sobre os rumos a serem traçados a partir de 02 de dezembro de 2011, com perspectiva de realização de Assembleia Estadual ainda na primeira quinzena de dezembro.

(Coordenação estadual do SINTE/SC)


 


 

SINTE/SC quer que Governo cumpra acordo com a categoria

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Como será a nova gestão do SC-Saúde?

O SINTE/SC continua aguardando o retorno do pedido de audiência com o Secretário de Administração, que tem como objetivo discutir e esclarecer vários pontos sobre a nova gestão do plano de saúde dos servidores do Estado. O que sabemos são as informações que se encontram na página da SEA. O novo modelo de gestão do plano de saúde do servidor estadual, o SC-Saúde, já se encontra na última etapa. Nesta etapa, a Diretoria de Saúde está credenciando os prestadores de serviços e investindo na comunicação interna com os associados. Outra ação é o investimento na estruturação de imóveis para o funcionamento da Central de Atendimento e no contato com redes hospitalares e médicas com o objetivo de formar a Rede de Atendimento. Enquanto esta não estiver concluída, o segurado continua utilizando o cartão da Unimed, que tem contrato com o Estado até 31/01/2012.

A Secretaria de Administração garante que não haverá prejuízo ao beneficiário. Segundo eles, o servidor não será prejudicado, pois o que modifica é a gestão, que agora passará a ser feita pelo próprio Governo. O SC-Saúde está previsto para funcionar a partir de janeiro de 2012.


 

O Governo do Estado decidiu pela gestão própria após a Unimed comunicar que não tinha mais interesse em dar continuidade na prestação do serviço. A partir daí, o Estado fez a licitação para contratar uma empresa especializada para dar suporte ao novo modelo. A licitante vencedora foi o Consórcio Santa Catarina Saúde.


 

A gestão própria buscará facilitar a vida do servidor. Segundo o Secretário de Administração Milton Martini "Um exemplo disso é que o segurado poderá obter as respostas das autorizações na internet, sem precisar mais se deslocar até um local físico", destaca. Com a nova gestão, o beneficiário passa a agendar exames, internações e cirurgias nos prestadores credenciados no SC-Saúde, e não mais na Unimed. Esse credenciamento será feito durante o período de implantação. A garantia legal da cobertura do plano de saúde continua sendo a lei 306/2005 e o decreto 3.749/2005.


 

Confira algumas mudanças:


 

Consultas

Hoje, o segurado agenda a consulta médica com o médico cooperado da Unimed. Com a gestão própria, ele passará a agendar com o médico credenciado pelo plano ou diretamente com o médico da família e clínico-geral no escritório do SC-Saúde.


 

Solicitação de exames e cirurgias

Atualmente, a solicitação de exames e cirurgias, por parte dos médicos, é feita em papel. Após a implantação da nova gestão, o médico poderá requisitá-los diretamente no sistema do SC-Saúde via internet.


 

Solicitação de exames, internações e cirurgias por parte do segurado

O modelo em vigor exige que o segurado faça o pedido de exames, internações e cirurgias nos escritórios da Unimed. Quando o novo modelo estiver em funcionamento, apenas as cirurgias de alta complexidade precisarão ter as solicitações feitas nos escritórios do SC-Saúde. Além disso, nos centros de atendimento os servidores poderão fazer consultas com médicos da família, clínicos gerais, pediatras, geriatras, psicólogos, nutricionistas e serão desenvolvidas atividades em grupo para atendimentos de diabéticos, hipertensos, casos de depressão entre outras patologias. No total serão 10 centros espalhados pelo Estado.


 

Medicina preventiva

O serviço de medicina preventiva também será desenvolvido pelo plano de saúde.


 

Fonte: SEA

SINTE/SC QUER DISCUTIR COM O GOVERNO A POLÍTICA SALARIAL

Diante do anuncio do governo sobre o projeto que cria uma nova política salarial para os servidores públicos do estado, o SINTE-SC esclarece:


 

1) A reposição de 8%, para todas as categorias, em duas etapas (4% em janeiro/12 e 4% em maio/12) é para todos os servidores públicos de SC. No entanto, para os/as trabalhadores/as em educação, deve ser aplicada a lei 11.738/08, julgada constitucional no dia 06/04/2011, que estabelece o Piso Salarial Profissional Nacional, cujo reajuste é baseado no valor custo aluno/ano do ensino fundamental urbano, a ser aplicado no mês de janeiro. Portanto, o reajuste dos trabalhadores em educação não é apenas os 8% anunciados. O percentual deverá ser complementado pelo governo do estado, pois o valor previsto de reposição para o magistério, de acordo com a Lei do Piso, é de 16,8%.


 

2) A data-base para os servidores estaduais, agora estabelecida, é uma reivindicação antiga dos/as servidores estaduais que, ao longo dos anos, sofreram com a política salarial imposta pelos governos. Foram criadas distorções, injustiças e disparidades entre as diferentes categorias de servidores. Um dos exemplos é a política de abono do governo LHS, que para nós representa injustiça, pois trata com igualdade os desiguais.


 

3) Quanto ao reajuste do vale alimentação, ressaltamos que também é uma luta antiga de todos os servidores, e o valor de R$ 6,00 foi estabelecido pela Lei 11.647/2000 no governo Amin, após uma longa greve e até hoje não sofreu qualquer reajuste. Além disso, os/as servidores/as somente recebem os dias úteis efetivamente trabalhados, não tendo direito ao benefício nos períodos de férias, licença prêmio, tratamento de saúde, etc. Agora, o governo anuncia um reajuste em 100% a ser pago em duas etapas: R$ 10,00, a partir de janeiro/2012, e R$ 12,00 a partir de maio/2012.


 

Lembramos que o reajuste do vale alimentação foi um dos pontos de pauta da última greve dos trabalhadores de educação, e nossa reivindicação é para que seja equiparado ao valor pago aos trabalhadores da Udesc, que é de R$ 18,00 por dia.


 

Nas discussões do grupo de estudos, os representantes do governo anunciaram que iriam calcular o impacto financeiro e, posteriormente, o assunto seria discutido com todos os sindicatos que representam os/as servidores/as do executivo, o que não ocorreu até agora.


 

Na nossa participação nas discussões do grupo de estudos, um dos pontos principais que o SINTE vem discutindo é a descompactação da tabela salarial achatada com o LC 539/2011, pois é necessário definir novos valores para que se apliquem sobre eles os percentuais definidos, conforme o custo aluno, em janeiro/2012.


 

Ciente de seu compromisso com a categoria e a sociedade catarinense, o SINTE/SC vai continuar lutando para que os demais pontos acordados com o governo, no fim da greve, sejam cumpridos.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vale Alimentação (Mês de Outubro) de Professore​s Afastados será Pago em Folha Suplementa​r

Prezados Representantes Regionais e Associados do SINTE/SC,


 


 

A Assessoria Jurídica do SINTE/SC (CRISTÓVAM & PALMEIRA ADVOGADOS ASSOCIADOS) informa que o Estado rodou folha suplementar, relacionado ao mês de Outubro de 2011, para o cumprimento da decisão judicial na Ação Coletiva proposta pelo SINTE/SC em favor de toda a categoria!


 

Portanto, o Estado foi obrigado a cumprir, inclusive em folha suplementar, a liminar que determina "que os réus implantem, a contar da próxima folha de pagamento, o pagamento do auxílio-alimentação em relação aos substituídos (quer dizer, toda a categoria representada pelo autor) do auxílio-alimentação durante as licenças para tratamento de saúde (própria ou de pessoa da família), gestação, especial, para aguardar aposentadoria e para concorrer a mandato eletivo, bem como da gratificação de incentivo à regência de classe durante as licenças para concorrer a mandato eletivo e especial".


 

Para a próxima folha de pagamento tais descontos não devem mais ocorrer! No caso de haver a manutenção dos referidos descontos, indicamos que os associados prejudicados encaminhem, imediatamente, o pedido administrativo de regularização de pagamento (Escola e GERED), sendo que, vindo indeferido, todos os documentos devem ser encaminhados ao SINTE/SC, para as devidas providências!


 

Lembramos que todos os membros do magistério (que tiveram afastamentos nos últimos 05 anos) poderão buscar os valores atrasados, com o encaminhamento dos documentos para cobrança dos valores para cada associado. Para tanto, são necessários os seguintes documentos, que já poderão ser encaminhados à Assessoria Jurídica do SINTE/SC por todos os interessados:

a) procuração individual de todos os interessados;

b) pedido de assistência individual de todos os interessados;

c) ficha funcional atualizada;

d) ficha financeira desde 2006;

e) cópia da portaria de aposentadoria, sendo o caso.


 

A Assessoria jurídica do SINTE/SC reitera que procura estar sempre firme e atuante na luta em defesa dos interesses da categoria, ficando, desde já, à disposição para os esclarecimentos necessários!


 

Cordialmente,


 


 

Professora Alvete Pasin Bedin Professor Aldoir José Kraemer

Coordenadora Estadual Secretário de Assuntos Jurídicos e Trabalhistas


 

José Sérgio da Silva Cristóvam Marcos Rogério Palmeira

Cristóvam & Palmeira Advogados Associados Cristóvam & Palmeira Advogados Associados

Assessoria Jurídica do SINTE/SC Assessoria Jurídica do SINTE/SC

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Of.Cir. 058-2011 - Orientações Sobre Revisão dos Pedidos de Progressão Funcional

Ofício Circular nº 058/2011 Florianópolis, 17 de Novembro de 2011


 

Companheiros/as,


 

Após muita pressão por parte do sindicato, o governo do estado cumpriu um dos pontos da pauta de reivindicações da greve de 2011, referente às progressões funcionais horizontais indeferidas devido às faltas dos trabalhadores em educação.

O decreto 644, de 14/11/2011, estabelece que as faltas no período de 2008 a 2010 não serão consideradas para fins do progresso funcional, portanto, todos os trabalhadores em educação que tiveram seus pedidos de progressão funcional horizontal indeferidos, deverão reencaminhar este processo, pedindo sua reanalise de acordo com o decreto.

Quem não enviou seu pedido de progressão funcional devido ao fato de possuir faltas no período estipulado, deverá envia-lo agora, de acordo com o que determina o referido decreto.

Sendo o que se apresenta no momento, subscrevemo-nos;


 

Atenciosamente,


 


 


 

Alvete Pasin Bedin

Coordenadora Geral

Anna Julia Rodrigues

Secretária Geral


 

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Assinado decreto para abono das faltas da greve de 2008 e 2011

FONTE: http://webimprensa.sc.gov.br/paginas/index.asp?codigon=71048


 

Raimundo Colombo atende pedido de professores catarinenses


 

Florianópolis (14/11/2011) - O governador Raimundo Colombo atendeu um dos pedidos dos professores catarinenses. Por meio do decreto de número 644, de 14 de novembro de 2011, que vai ser publicado nesta quarta-feira (16), no Diário Oficial do Estado de Santa Catarina, Colombo abonou faltas dos professores do Magistério estadual durante as greves de 2008 e 2010. O benefício também abrange o ano de 2011, desde que seja comprovada a reposição das aulas. Com a medida, os professores não terão problemas na progressão da carreira.


 

A discussão da proposta foi feita durante as negociações entre a Secretaria de Estado da Educação e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC), logo após o término da greve deste ano. A decisão beneficia a categoria. O professor que tivesse apenas uma falta decorrente da paralisação estaria impedido de progredir na carreira durante três anos. "Esse abono também permite o pagamento dos dias de greve, além de limpar a ficha funcional", informa o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps.


 

Além do governador, os secretários da Educação, Marco Tebaldi; da Administração, Milton Martini; e o secretário em exercício da Casa Civil, Luciano Veloso Lima, também assinaram o decreto.

Reenvio - Of.Cir. 056-2011 - Orientaçõe​s Sobre Reposição e Final Ano Letivo 2011 - Corrigido

Companheiros/as,


 

Conforme deliberações do Conselho Deliberativo do SINTE/SC e da Assembleia Estadual de encerramento da greve, realizada em 18/07/2011, ficou definido que o ano letivo se encerre no dia 30 de dezembro, para que não seja criado um impasse com a comunidade escolar quanto à organização das férias familiares de final de ano. Para a entidade, a autonomia das escolas deve ser respeitada e garantida quanto a elaboração de um calendário de reposição, de acordo com as peculiaridades de cada unidade escolar.


 

A Lei Complementar 170/1998, em seu Art. 26 define o calendário escolar com "Pelo menos duzentos dias de efetivo trabalho escolar por ano, assim entendido como os momentos diferenciados da atividade docente que se caracterizam pelo desenvolvimento de atividades de planejamento, capacitação em serviço, dias de estudo, reuniões pedagógicas e de conselhos de classe, avaliações, recuperação paralela e aqueles diretamente relacionados com o educando, bem como toda e qualquer ação incluída no projeto político-pedagógico da escola, excluído o tempo reservado a exames finais, quando houver".


 

Todas as escolas, no pós greve, elaboraram um calendário de reposição, levando em conta suas peculiaridades e particularidades, mas a Secretaria da Educação, passando por cima inclusive de questões legais, está impondo um calendário punitivo aos professores grevistas, determinando que o calendário escolar se encerre apenas em 06/01/2012. Esta imposição é um claro castigo aos professores que paralisaram suas atividades em busca do reconhecimento de seus direitos.


 

O SINTE/SC reafirma a autonomia das escolas na definição de seu calendário de reposição e reforça a orientação de que o calendário de reposição deverá ser definido com o encerramento do ano letivo em 30/12/2011. Para isso a entidade tomara todas as medidas possíveis, tanto políticas quanto jurídicas, para garantir que estas deliberações das escolas sejam acatadas pela SED.


 

Orientamos os trabalhadores em educação a seguirem o calendário de reposição estabelecido, sempre documentando ao máximo todas as atividades e dias de reposição, como forma de garantir todas as provas documentais de que o calendário de reposição foi cumprido na sua integralidade.


 

Aos professores Admitidos em Caráter Temporário, mesmo que seu contrato encerre em 20/12/2011, estes deverão cumprir todo o calendário de reposição, como forma de trabalhar todos os dias previstos no calendário, sob pena de desconto dos dias já pagos e não trabalhados. Mesmo que o contrato encerre em 20/12/2011 e estes ministrem aulas após esta data, estes profissionais terão todas as garantias legais caso aconteça algum acidente ou outro tipo de imprevisto.


 

Sendo o que se apresenta no momento, subscrevemo-nos;

Atenciosamente,


 


 

Alvete Pasin Bedin

Coordenadora Geral

Anna Julia Rodrigues

Secretária Geral

Mobilizaçã​o para votação do PL do PNE na Câmara.

OF. CIRC. Nº 012/11 SG Brasília-DF, 08 de novembro de 2011.


 


 

Da: Secretaria Geral

Para: Presidência e/ou Coordenação Geral e Secretaria Geral da Afiliada


 


 

Assunto: Mobilização para votação do PL do PNE na Câmara.


 


 

Companheiro/a,


 

A Marcha Nacional da Educação, realizada no dia 26 passado, em Brasília, foi considerada um sucesso pelas organizações sociais que estiveram presentes. A direção da CNTE entregou a pauta dos 10% do PIB para a educação ao Secretário Geral da Presidência da República, Ministro Gilberto Carvalho; e ao Ministro da Educação, Fernando Haddad. No dia 27, a direção também foi recebida no Ministério de Relações Institucionais. Nessas audiências cobramos o compromisso do governo federal em aumentar os recursos para a educação, no sentido de melhorar a qualidade do ensino e garantir o piso salarial em todo o país.


 

Ainda no dia 26, dirigentes da CNTE e afiliadas entregaram, na Câmara dos Deputados, os 100 mil cartões de assinaturas "A Educação quer mais" à presidenta da Comissão da Educação na Câmara, deputada Fátima Bezerra, e ao relator do PL do PNE, deputado Ângelo Vanhoni, e cobraram deles o compromisso de incluírem no relatório final do PNE a garantia dos 10% do PIB para a educação.


 

Na ocasião, o deputado Ângelo Vanhoni disse que divulgaria seu relatório no dia 1º de novembro, porém até o momento nada aconteceu nesse sentido. Por isso, vimos comunicar a necessidade de permanecermos em alerta para, a qualquer momento, estarmos em Brasília novamente, com o propósito de acompanhar a votação do PNE na Comissão Especial e, em seguida, no Plenário da Câmara dos Deputados.


 

A nossa pressão aos parlamentares será fundamental para conseguirmos manter as emendas dos trabalhadores em educação no PNE e, acima de tudo, garantir mais recursos. Assim, pedimos que o(a) companheiro(a) se prepare para vir a Brasília a qualquer chamado da CNTE.


 

Certo de contarmos com a sua colaboração, renovamos nossas


 

Saudações sindicais,


 


 


 


 

Marta Vanelli

Secretária Geral

Professores latino-americanos são excluídos de debate sobre educação, diz pesquisaSuas vozes não estão presentes nas coberturas jornalística, aponta o Observatório da Educação

Os professores estão fora do debate público sobre a educação e suas vozes não estão presentes nas coberturas jornalística da América Latina, segundo pesquisa do Observatório da Educação feita em 18 jornais do continente. Foram analisadas mais de 1.200 reportagens de maio a julho deste ano. As matérias indicam que as políticas públicas implantadas, os novos temas, disciplinas e materiais para as aulas são modificados sem que os professores sejam consultados sobre a política educacional.


 

"O professor é sempre um personagem e nunca uma fonte para balizar a política pública. E a má qualidade do ensino é sempre atribuída a eles. Estão sendo responsabilizados, mas não têm seu direito de resposta", disse Fernanda Campagnucci, editora do Observatório da Educação, que participou do lançamento de Rede pela Valorização dos Docentes Latino-Americanos, mesta quarta-feira (09/11), na capital paulista.


 

Segundo Fernanda, a análise indicou que entre os temas mais comentados nos jornais estão a qualidade, seguida dos sistemas de avaliação, problemas de infraestrutura e violência nas escolas. Depois aparece a questão das tecnologias de informação na educação. "Nesse caso, dependendo do enfoque, entra em conflito com o docente, porque tem problemas de informação e uma ideia de que o aluno não precisa do professor para aprender porque consegue aprender sozinho com o computador". Outro problema destacado nas reportagens analisadas são as greves e paralisações.


 

A vice-presidente da Internacional de Educação da América Latina, Fátima Aparecida Silva, disse que no geral a categoria dos professores é composta principalmente por mulheres, que chegam a ser 80% no ensino infantil e médio, enquanto no superior há mais homens. Além disso, apontou que os professores estão envelhecendo ao redor do mundo, já que a média de idade é de 45 anos. "A profissão não atrai mais gente jovem. Nos últimos dez anos, os mais novos ficam cerca de quatro anos dando aula até encontrar outra ocupação melhor."


 

A ausência de formação é presente em todos os países, assim como a falta de um processo de negociação que traga valorização para a profissão, com diferenças entre a zona rural e urbana, tanto na formação quanto na remuneração. "Quando conversamos com os professores que vivem o dia a dia da aula, percebemos que eles reclamam ainda do número excessivo de alunos em sala de aula e da falta de participação nas políticas públicas, além da ausência de plano de carreira e do ressentimento por serem culpados pela má qualidade educacional."


 

A coordenadora do Comitê Diretivo da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade), Camila Croso, disse que tem notado a tendência de desvalorização dos trabalhadores da educação, além do desprestígio e do processo de culpabilização e criminalização. "São tendências muito preocupantes, mas há também processos de resistência a tais tendências. Mas se sobressai o conjunto desvalorização, desprestígio e criminalização."


 

Rankings


 

Ela destacou ainda a tendência à privatização traduzida no nome de parcerias público-privadas, que aponta para outro lado, procurando ser atrativa. Disse também que há um marcante discurso sobre resultados na aprendizagem que não avalia os rumos da educação, mas dentro do foco de escola como fábrica de seres homogêneos montados para o mercado de trabalho.


 

"Esse sistema de ranqueamento é preocupante porque o resultado é medido sobre o quê? Aí voltamos ao ponto de partida que é perguntar para que serve a educação. Toda análise parte do aluno homogêneo que tem que responder ao mercado de trabalho", assinalou Camila.


 

Ele também reforçou que há uma criminalização de professores e até dos alunos. "Há uma perda de noção do coletivo, porque há ataque aos sindicatos. Assim individualiza os professores e coloca o sistema de avaliação com prêmio e castigo. Desvaloriza o professor, porque leva a política de ensinar para o teste, para ir bem na prova. Adapta o currículo, se articula como o não protagonista do fazer pedagógico.".


 

Chile


 

Guillermo Williamson, da Universidad de La Frontera, do Chile, disse que em seu país a educação apresenta cifras de desigualdade e que não há gratuidade para o ensino. Lá, as universidades são pagas ou se têm bolsas de estudo para os pobres. "No Chile, 40% dos jovens podem ir à Universidade, mas se a família tem dois filhos precisa escolher qual deles pode ir ter o ensino superior".


 

Segundo ele, assim como no Brasil. os jovens estão desistindo de ser professores por conta da precarização do ensino. "Temos que trabalhar fortemente na educação pública estatal e podemos buscar a gestão social com cooperativas mistas com o Estado". Para ele é preciso retomar a função do professor, que em sua avaliação é ensinar os alunos e ser um mestre. Além disso ele destacou que é preciso que o professor recupere sua autoridade em sala de aula.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Of.Cir. 053-2011 - Encaminham​entos Assembleia Estadual 26-10-2011

Ofício Circular nº 053/2011 Florianópolis, 27 de Outubro de 2011


 

Em Estado de Greve


 


 

Da: Coordenação Estadual

Para: Coordenações Regionais


 


 

Companheiros/as,


 

Vimos pelo presente apresentar os encaminhamentos aprovados na Assembléia Estadual do dia 26/10/2011.


 

Municipalização:


 

· Solicitar audiência pública nas câmaras de vereadores onde ainda não foi realizada;


 

· Realizar ações visando garantir a matricula dos alunos no ensino fundamental e denunciar onde for negada;


 

· Buscar apoio dos professores da rede municipal para denunciar o não atendimento integral da educação infantil, que é prioridade dos municípios;


 

· Enviar ofício ao colegiado da educação do município, bem como reivindicar audiência;


 

· Realizar reuniões com a comunidade escolar, esclarecendo a problemática da municipalização e buscar o apoio da mesma;


 

· Denunciar aos Conselhos Municipais de Educação e ao Ministério Público a não oferta de vagas por parte das escolas estaduais;


 

· Solicitar ao Ministério Público o levantamento de como esta o atendimento da educação infantil nos municípios;


 

· Fazer o levantamento do numero de crianças de 0 a 6 anos sem atendimento;


 

· Apoiar a campanha da CUT "Creche: Um direito da criança, da família e um dever do Estado";


 

· Até 30/11/2011 fazer um levantamento dos municípios que são contrários a municipalização e realizar entrevista coletiva para divulgação;


 

· Solicitar ao Partido dos Trabalhadores que se posicione contrario ao processo de municipalização do ensino fundamental, e encaminhe esta orientação as administrações municipais onde o partido participa.


 

· Confeccionar novos materiais sobre a municipalização; (adesivo, cartaz, outdoor, boletim)


 

· Realizar Conferencias Municipais de Educação;


 

· Organizar atos regionais contrários a municipalização onde esta discussão estiver mais avançada;


 

· Realizar seminário com professores dos três níveis para discutir a federalização da educação;


 

· Denunciar os prefeitos que querem destruir a educação pública no ensino fundamental;


 


 

Diretrizes do plano de Carreira que serão discutidas para a descompactação da Tabela Salarial:


 


 

Carreira:


 

1 – A carreira terá 6 Níveis: formação de Magistério, Licenciatura curta, Licenciatura Plena, Especialização, Mestrado e Doutorado;


 

2 – Cada nível terá 10 referências: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J com a diferença de 5,5% entre elas.


 

3 – A diferença entre o Nível de Magistério com Nível Superior não será inferior a 63%;


 

4 - A diferença entre Nível Superior com Especialização não será inferior a 20%.


 

5 – A diferença entre Nível Superior e Mestrado não será inferior a 50% (em relação ao Nível Superior)


 

6 – A diferença entre Mestrado e Doutorado não será inferior a 30% em relação ao Mestrado


 

7 – O vencimento inicial nunca será inferior ao valor do PSPN


 


 


 

Progressão:


 

1 – A progressão nos níveis se dará a qualquer tempo quando o profissional adquirir nova habilitação


 

2 – O percentual de progressão horizontal até o final da Carreira no nível de formação não será inferior a 50% (passar para mesma referencia no novo nível)


 

3 - A progressão nas referencias se dará anualmente com 40 horas de curso de aperfeiçoamento,


 

4 - Os cursos serão financiados preferencialmente pelo Estado e sempre respeitando a autonomia da escola.


 


 


 


 

Alvete Pasin Bedin

Coordenadora Geral


 

Anna Julia Rodrigues

Secretária Geral


 


 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Relatório da audiência com a SED no dia 18 de outubro

A Coordenação Estadual do SINTE/SC esteve em audiência na tarde deste 18/10 com o secretário-adjunto da Educação, Eduardo Deschamps, para discutir a seguinte pauta:

• Problemas nas escolas quanto ao calendário de reposição das aulas;

• O indeferimento por parte das GEREDS dos calendários de reposição;

• Exigência da Fundação Catarinense de Educação Especial para que o calendário de reposição inclua os sábados;

• Abono das faltas referentes ao dia 16 de setembro, dia nacional de paralisação pelo Plano Nacional de Educação (PNE), Piso e Carreira;

• Liberação do ponto para a participação das assembleias regionais, marcadas para o mês de outubro, e a assembléia estadual da categoria marcada para o dia 26 outubro próximo.


 

O SINTE/SC reivindicou que o ano letivo se encerre no dia 30 de dezembro, pois há preocupação de que não seja criado um impasse com a comunidade escolar quanto à organização das férias familiares de final de ano. Para a entidade, a autonomia das escolas deve ser respeitada e garantida a elaboração de um calendário de reposição de acordo com as peculiaridades de cada unidade escolar, conforme prevê a Lei 170.


 

Deschamps defendeu que seja prevalecido "o bom senso", e reconheceu que a diretriz estabelecida pelas GEREDs "está rígida" e em desacordo com o que foi orientado pela SED. Ele admitiu a possibilidade "de estarem ocorrendo problemas na condução e discussão com os/as professores/as sobre as orientações repassadas às GEREDs", e assumiu o compromisso de verificar o assunto.


 

O secretário-adjunto também assumiu o compromisso de buscar informações sobre as denúncias de assédio moral e punições contra diretores de escolas e professores grevistas. O SINTE/SC informou que, em algumas regionais, os dirigentes sindicais estão sendo impedidos de entrar nas escolas para discutir e repassar informações aos trabalhadores sobre as atividades da categoria.


 

Novamente houve a promessa de buscar mais informações sobre o assunto, e tomar providências para coibir esta prática.


 

Quanto à anistia das faltas decorrentes da mobilização do dia 16 de setembro, o secretário-adjunto descartou esta possibilidade; disse que a falta será computada, e o assunto já havia sido discutido com o governador - que alegou que o calendário escolar foi prejudicado com os 62 dias de paralisação da categoria, e a anistia do dia 16 tornaria ainda mais complicado o calendário de reposição.


 

Ao ser questionado para que o governo apresente uma pauta de discussão das próximas reuniões do Grupo de Estudos, uma vez que a pauta social já havia sido discutida, e a categoria aguardando sua implementação desde o final da greve, Deschamps informou que a posição da SED é de que em outubro a anistia das faltas, o Decreto da Progressão, o Projeto do vale-alimentação e a Lei dos ACTs deverão estar definidos.


 

Em novembro, será discutido o Plano de Carreira, levando em consideração as diretrizes nacionais sobre o assunto, como a implementação de 1/3 de hora atividade.


 

Apesar do SINTE/SC ter observado a importância da mobilização dos trabalhadores para discutir as diretrizes do Plano de Carreira e Lei dos ACTS em defesa de seus direitos, Deschamps deixou claro que, no momento, é difícil negociar o abono das faltas da categoria para participarem das assembleias regionais devido ao prolongado tempo de greve.


 

O SINTE/SC argumentou que a categoria tem direitos e quer discutir e opinar sobre seu Plano de Carreira. O secretário-adjunto concordou em solicitar ao governador a possibilidade de abonar a falta da categoria para a participação da assembleia estadual, no próximo 26 de outubro.


 

Quanto ao ofício encaminhado à SED sobre auxílio aos/as professores/as atingidos pelas enchentes, Deschamps informou que o assunto já vem sendo discutido pelo Grupo Gestor, e que o governo estará pagando o 13º salário em folha suplementar na próxima semana.


 

O SINTE/SC argumentou que o valor do 13º é pequeno diante da gravidade da situação, e que deveriam ser tomadas outras providências. Neste sentido, o secretário-adjunto orientou que as regionais encaminhem o mesmo ofício às SDRs para que façam o levantamento dos/as atingidos/as para que providências sejam tomadas.

O Brasil vai parar pelos 10% do PIB para a Educação

Marcha promovida pela CNTE pretende reunir 10 mil trabalhadores em Brasília

Brasília (18/10/2011) - No dia 26 de outubro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e suas 43 entidades filiadas em todo o Brasil irão fazer uma mobilização que promete reunir cerca de dez mil pessoas no Planalto Central. É a 5ª Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que nesta edição pede 10 mil pelos 10% do PIB para a Educação. O Brasil investe, hoje, cerca de 5% do PIB no setor.

Para a CNTE, não há dúvidas de que o direito à educação depende de mais recursos financeiros e de sua melhor aplicação. A meta de investimento de 10% do PIB visa tirar o atraso no qual a educação pública brasileira se encontra. Atualmente, é notório o quanto os educadores estão desestimulados devido à baixa remuneração e à estrutura precária das escolas.

Pesquisas denunciam que a juventude não se sente atraída pela carreira de educador. O número de formandos nos cursos preparatórios de docentes para os primeiros anos da educação básica - como Pedagogia e Normal Superior - foi reduzido pela metade em quatro anos, segundo os últimos dados do Censo do Ensino Superior, realizado anualmente pelo MEC. De 2005 a 2009, o número de graduados caiu de 103 mil para 52 mil, comprovando o desinteresse dos jovens pela carreira.

Motivos para parar não faltam

As muitas paralisações organizadas revelam a dificuldade de interlocução com os governantes para o atendimento das atuais demandas da educação. Somente na rede pública estadual, a CNTE contabiliza doze greves em 2011. Atualmente, a rede estadual do Pará está paralisada.

A longa duração dessas greves chama a atenção. Os professores cearenses voltaram às salas de aula somente após 63 dias e com o compromisso do governo do estado de pagar o piso vinculado à carreira. Em Minas Gerais, os professores permaneceram em greve por 112 dias até conseguirem dar início a um processo de negociação com o governo estadual.

O motivo principal das greves de 2011 é o descumprimento da Lei 11.738/08, que trata do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN). Sancionada há 3 anos pelo presidente Lula, a lei ainda não é cumprida integralmente em nenhum estado e município. "Na maioria dos estados e municípios que dizem cumprir o piso, a norma não é seguida como deveria, pois não estruturaram uma carreira para os profissionais", afirma o presidente da CNTE, Roberto Leão.

Equívoco sobre o valor do piso

A Lei do Piso estabeleceu o valor de R$950,00 para ser pago como vencimento inicial de carreira do professor com formação de nível médio, a partir de 2008. Este valor sofreria reajustes anuais utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno do Fundeb, referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano. Por isso, a CNTE calcula que os professores de nível médio deveriam receber em 2011 um salário inicial de R$1.597,87. O Ministério da Educação, porém, estabeleceu a quantia de R$1.187,97.

Marcha Nacional

A Marcha Nacional no dia 26 de outubro visa sensibilizar a sociedade e dar visibilidade para questões que comprometem a qualidade da educação. Neste dia, os participantes se concentrarão pela manhã em frente ao estádio Mané Garrincha (em reforma para a Copa de 2014) e marcharão até o Congresso Nacional, onde será feito um ato pela defesa de 10% do PIB e não apenas 7% como consta no Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso.

A CNTE pretende entregar ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, e ao relator do PNE, Deputado Ângelo Vanhoni, cem mil assinaturas de apoio à destinação de 10% do PIB para a educação pública brasileira. Também estarão expostos em frente ao Congresso, os trabalhos da mostra cultural promovida pela Confederação. Nesta mostra, lançada no dia 16 de setembro, alunos de escolas públicas inscreveram desenhos, poemas, cordéis, qualquer manifestação artística sobre o tema "Por que 10% do PIB para a Educação Pública?".

A CNTE convida todos a participar do movimento por mais financiamento para o setor. A educação tem papel importante na formação dos trabalhadores, na distribuição da renda e no desenvolvimento sustentável a longo prazo. "10% do PIB não é muito e todos sabem disso, principalmente em se tratando de educação, que é essencial para a construção de um país justo e preparado para o futuro" afirma Leão.

Roberto Franklin Leão, presidente da CNTE

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Nota técnica - ADIN 4.167 - Lei do Piso

Brasília (DF), 28 de setembro de 2011.


 

Ilustríssimo Senhor ROBERTO FRANKLIN LEÃO,

Digníssimo Presidente da CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO (CNTE)


 

Ref.: Obrigação de cumprir a decisão do STF na ADI nº 4167. Despacho de 5.9.2011. Consequência jurídica da oposição de embargos de declaração.


 


 

Prezado Professor Leão,


 

  1. Vimos, por intermédio da presente, encaminhar análise jurídica do despacho de 5.9.2011, divulgado no site do STF em 12.9.2011, que abriu vista dos autos ao Congresso Nacional e à União, para que se manifestassem, no prazo de dez dias, sobre os embargos de declaração opostos na ADI nº 4.167. Após o término do prazo, os autos deverão ser encaminhados ao Procurador-Geral da República.


     

  2. Ao abrir o prazo, o relator, Min. Joaquim Barbosa, lembrou a necessidade de se seguir o que foi decidido na Reclamação nº 2.576. Na citada reclamação, ficou estabelecido, entre outras coisas, que a decisão proferida em sede de ação direta de inconstitucionalidade deve ser obrigatoriamente observada mesmo antes do trânsito em julgado, independentemente da oposição de diversos embargos de declaração.


     

  3. No caso da ADI nº 4.167, a decisão é exigível desde a publicação da ata de julgamento, mesmo que, uma vez publicado o acórdão, diversos Governadores de Estado tenham apresentado embargos de declaração.


     

  4. Os Estados e Municípios estão obrigados a cumprir a Lei nº 11.738/08 de imediato, independentemente dos embargos de declaração opostos, como esclarecido na Nota Técnica de 5 de setembro de 2011.


     

  5. O Ministro Relator, através da decisão do dia 12.09.2011, não deixa espaço para interpretações divergentes desse entendimento, mencionando expressamente decisão anterior do Supremo Tribunal Federal que determinava o cumprimento de decisão antes do trânsito em julgado, desde que a ata de julgamento já tenha sido publicada.


     

    5.        Sendo o que tínhamos para o momento e colocando-nos, desde já, ao seu inteiro dispor para eventuais esclarecimentos que se façam necessários, subscrevemos,


     

    Atenciosamente,


     


     

    Cláudio Pereira de Souza Neto

    OAB/DF nº 34.238 

    Denise Arantes Santos Vasconcelos

    OAB/DF 19.152 


     

    NOTA TÉCNICA


     


     

    Ementa: Lei nº 11.738/2008. Publicação de ata. Decisão proferida em ADI. Aplicabilidade imediata. Obrigação do gestor público de cumprir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Consequências jurídicas da apresentação de embargos de declaração. Análise Jurídica.

    _______________________________________


     


     

  6. Por meio da presente, vimos informar à CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO (CNTE) que houve a divulgação recente de novo andamento na ADI nº 4.167, relativa à Lei nº 11.738/08, que instituiu o piso nacional para os profissionais do magistério público da educação básica.


     

  7. Em 12.09.2011, foi divulgado no site do Supremo Tribunal Federal o despacho de 05.09.2011, em que o Ministro Relator assim se manifestou:


     

    "Abra-se vista dos autos ao Congresso Nacional e à União, pelo prazo comum de dez dias, para que possam se manifestar sobre todos os embargos de declaração opostos. Recebidas as manifestações ou decorrido o prazo assinalado, encaminhem-se os autos ao procurador-geral da República. Entrementes, observe-se o que decidido na Rcl 2.576 (rel. min. Ellen Gracie, Pleno, DJe de 20.08.2004). Publique-se."


     

  8. O prazo aberto pelo despacho oferece ao Congresso Nacional e à União a oportunidade de se manifestarem sobre os quatro embargos que foram interpostos, os quais buscam o pronunciamento do STF sobre os efeitos da decisão proferida na ADI nº 4.167, para restringir sua aplicação apenas ao trânsito em julgado. Dois dos embargos de declaração suscitam pontos específicos, como a complementação dos valores devidos pela União e a modulação dos efeitos, buscando dar sobrevida à liminar que não foi confirmada no julgamento do mérito.


     

  9. Conforme esclarecido na Nota Técnica de 5 de setembro de 2011, a oposição dos embargos de declaração serve, apenas, para permitir que o Tribunal esclareça a omissão, supra a obscuridade ou a contradição. Com as oposição de embargos, interrompe-se o prazo para a interposição de outros recursos, nos termos do art. 538 do CPC. Os embargos de declaração não são aptos a suspender a exigibilidade de decisão judicial, sendo desnecessário, para que tenha lugar seu imediato cumprimento, o seu trânsito em julgado.


     

  10. Por essas razões, o Ministro Relator, ao abrir prazo para as referidas manifestações, faz menção ao acórdão prolatado na Reclamação nº 2.576, cuja ementa está abaixo transcrita:


     

    "AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CUMPRIMENTO DA DECISÃO. 1. Desnecessário o trânsito em julgado para que a decisão proferida no julgamento do mérito em ADI seja cumprida. Ao ser julgada improcedente a ação direta de inconstitucionalidade - ADI nº 2.335 - a Corte, tacitamente, revogou a decisão contrária, proferida em sede de medida cautelar. Por outro lado, a lei goza da presunção de constitucionalidade. Além disso, é de ser aplicado o critério adotado por esta Corte, quando do julgamento da Questão de Ordem, na ADI 711 em que a decisão, em julgamento de liminar, é válida a partir da data da publicação no Diário da Justiça da ata da sessão de julgamento. 2. A interposição de embargos de declaração, cuja conseqüência fundamental é a interrupção do prazo para interposição de outros recursos (art. 538 do CPC), não impede a implementação da decisão. Nosso sistema processual permite o cumprimento de decisões judiciais, em razão do poder geral de cautela, antes do julgamento final da lide. 3. Reclamação procedente. (Rcl 2576, Relator(a):  Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 23/06/2004, DJ 20-08-2004 PP-00038 EMENT VOL-02160-01 PP-00105 RTJ VOL-00193-01 PP-00103)


     

  11. Através da referência expressa a tal aresto, o Ministro Relator enfatizou que tem lugar a exigibilidade imediata da decisão proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.167. O despacho de 05.09.2011 determina claramente que a decisão se aplique antes do trânsito em julgado, independentemente de haver embargos de declaração pendentes de julgamento.


     

  12. Sendo o que tínhamos para esclarecer no momento e colocando-nos, desde já, ao seu inteiro dispor para eventuais esclarecimentos que se façam necessários, subscrevemos.


     

    Brasília, 16 de setembro de 2011.


     


     

    Cláudio Pereira de Souza Neto

    OAB/DF nº 34.238 

    Denise Arantes Santos Vasconcelos

    OAB/DF 19.152 

Encaminham​entos CD 30-09 e 01-10-2011 - Final

ENCAMINHAMENTOS DA REUNIÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO DO SINTE/SC

Dias 30/09 e 01/10 de 2011, EEB Paulo Blasi – Campos Novos/SC


 


 

Estiveram presentes na reunião do Conselho Deliberativo do SINTE / SC em Campos Novos os/as diretores /as:


 

Coordenação Estadual: Alvete, Janete, Anna Júlia, Sandro, Vieira, Tânia, Evandro, Inês, Marcelo Speck, Regina, Neuza, Marcus, Joaninha, Claudete, Carlos Alberto, Marcelo Serafim e Aldoir;.


 

Conselheiros/as e Coordenadores/as Regionais de: Florianópolis, Tubarão, Criciúma, Blumenau, Rio do Sul, Lages, Mafra, Joaçaba, Concórdia; Chapecó, São Miguel do Oeste, Itajaí, Caçador, Araranguá, Brusque, Xanxere, Canoinhas, Laguna, Maravilha, Curitibanos, Ibirama, São José, São Lourenço do Oeste, Campos Novos, Videira e Palmitos.


 

Coordenadores Municipais: Governador Celso Ramos, Morro da Fumaça, Urussanga, Nova Veneza, Gaspar, Capinzal, Erval Velho, Herval do Oeste, Luzerna, Ouro, Caxambu do Sul, Coronel Freitas, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Guaruja do Sul, Iporão do Oeste, Itapiranga, Palma Sola, Anchieta, Porto União, Romelandia, Saudades, Santa Cecilia e Caibi.


 

Pauta:

1 – Conjuntura;

2 – Informes;

3 – Secretarias;

4 – Campanha da CNTE;

5 – Municipalização;

6 – Propostas para revisão da Lei dos ACTs;

7 – Diretrizes para o Plano de Carreira;

8 – Outros.


 


 

Encaminhamentos do debate sobre Conjuntura:

· Aprovação de moção de apoio a greve dos Bancários, Trabalhadores nos Correios e Trabalhadores em Educação no Ceará e moção de repúdio ao Governador do Ceará.

· Negociar com a SED um documento ou procedimento padrão para a obtenção dos documentos por parte dos Trabalhadores em Educação, junto as GEREDs, (Ficha Financeira, Ficha Funcional e outros);

· Buscar junto ao governo do estado a possibilidade de realização de empréstimos aos servidores públicos atingidos pelas cheias, pois os mesmos não tem direito FGTS e se encontram sem ajuda nenhuma que os auxilie na recuperação dos danos materiais causados pela catástrofe

· Realização de assembléias regionais com seminários para debater a reconstrução do plano de carreira, a revisão da lei dos ACTs e municipalização;

· Assembléia Estadual com ato no dia 26/10/2011 de acordo com o calendário de mobilização proposto pela CNTE;

· Realizar eleição direta para diretores de escola, nas regionais e escolas que houver condições,

· Buscar audiência com a FCEE para tratar do calendário de reposição;

· Propor reunião com representantes dos trabalhadores da FCEE para discussão de propostas especificas destes profissionais sobre o plano de carreira.

· Cobrar o agendamento de audiência já solicitada a SED para tratar das questões relativas ao calendário de reposição relativo a greve.


 


 


 

Educacional

· Participação da marcha a Brasília convocada pela CNTE, em defesa da aplicação de 10% do PIB Já, com dois ônibus, dando prazo até o dia 10/10 para que as regionais enviem ao SINTE/SC a listagem dos professores interessados;

· Recolhimento das listas preenchidas de abaixo assinados e dos cartões da campanha dos 10% do PIB para a educação e enviar ao SINTE/SC até o dia 20/10;

(Observação: devido a greve dos correios as regionais deverão despachar os pacotes pelas empresas de ônibus).

· Realização de uma Conferencia Estadual de Educação em 2011;


 


 

Formação:

· Organização do Coletivo Estadual de Formação, para efetuar o curso de formação da CNTE de acordo com o projeto apresentado e deliberado no conselho, respeitando a deliberação da Assembléia Estadual de 18/07/2011.


 


 

Organização:

· Ausências dos conselheiros:

· Deliberou-se que a partir do próximo conselho seguir do estatuto do SINTE/SC, e que na próxima reunião serão discutidos os critérios das justificativas apresentadas pelos/as conselheiros/as ausentes;

(Observação: qualquer alteração estatutária sobre o assunto só poderá ser feita em congresso)


 


 

Jurídico

· Elaboração de um boletim informativo sobre as ações do Departamento Jurídico;

· Serão encaminhadas ações ordinárias visando garantir a hora atividade de 1/3 da jornada de trabalho, a retroatividade do pagamento do piso e ainda questionando o valor do piso. Alem destas ações, também será proposto Mandado de Segurança coletivo pedindo a nulidade da Lei Complementar 539/2011.

· Todo caso de violência nas escolas ou de assédio moral deverão ser denunciados nos órgãos competentes, (registro de Boletim de Ocorrência, denúncia no MP, registrar na ata de reunião do Conselho Deliberativo Escolar), com testemunhas e provas concretas, quando possível, e também encaminhar ao SINTE/SC.


 


 

Finanças:

· Envio de um informativo sobre a posição do SINTE/SC a respeito da contribuição sindical de 2011 e esclarecer como estão os processos para devolução dos valores relativos a 2009 e 2010;

· Aumento provisório do percentual do Fundo de Greve que passará de 8% para 16%; até cobrir o déficit existente;

· Discutir nas regionais a proposta de destinação dos valores referentes ao 13º do ano de 2011. A proposta da Coordenação Estadual é o repasse integral ao fundo de greve, visando a diminuição de seu déficit e como forma de garantir a mobilização no início de 2012.

· As regionais, sempre que forem assinar algum contrato de convênio, deverão solicitar um parecer aos Departamentos Jurídico e Financeiro, uma vez que a responsabilidade jurídica é da Coordenação Estadual.


 


 

Calendário de lutas:


 

Até 10/10: Envio para a Coordenação Estadual da listagem dos participantes da marcha à Brasilia;

Até 14/10: Informar à Coordenação Estadual a data da Assembléia Regional;

Até 20/10: Encaminhar à Coordenação Estadual os abaixo assinados e cartões sobre 10% do PIB;

Até 25/10: Realização de Assembléias Regionais, com caráter de seminário, para discussão das diretrizes para reconstrução do plano de carreira e revisão da lei dos ACTs;

26/10: Assembléia Estadual e marcha a Brasília, pelos 10% do PIB para educação;


 


 


 


 


 

Florianópolis, 04 de outubro de 2011

Coordenação Estadual


 


 


 

Diretrizes para Reconstruir o Plano de Carreira dos Profissionais da Educação do Estado de Santa Catarina


 

DO INGRESSO


 

1 – O Estado deverá realizar Concurso público de ingresso, a cada dois anos, por provas e títulos conforme previsto no plano de carreira;

2 – Ao ingressar na carreira, o concursado assumirá de acordo com sua titularidade. (Graduação, Especialização, Mestrado e Doutorado)

3 – Deverá se realizar concurso público de ingresso sempre que:

a) O número de ACTs alcançar 10%;

b) Sempre que o número de cargos em vacância alcançar 20% dos cargos previstos;


 


 

DA CARREIRA


 

1 – A carreira terá 5 Níveis: formação de Magistério, Curso Superior, Especialização, Mestrado e Doutorado ( o atual nível de licenciatura curta será um nível em extinção);

2 – Cada nível terá 9 referências: A, B, C, D, E, F, G, H, I com a diferença de 5,5% entre elas.

3 – A diferença entre o Nível de Magistério com Nível Superior não será inferior a 63%;

4 - A diferença entre Nível Superior com Especialização não será inferior a 20%.

5 – A diferença entre Nível Superior e Mestrado não será inferior a 50% (em relação ao Nível Superior)

6 – A diferença entre Mestrado e Doutorado não será inferior a 30% em relação ao Mestrado

7 – O vencimento inicial nunca será inferior ao valor do PSPN


 


 

DA PROGRESSÃO


 

1 – A progressão nos níveis se dará a qualquer tempo quando o profissional adquirir nova habilitação

2 – O percentual de progressão horizontal até o final da Carreira no nível de formação não será inferior a 50% (passar para mesma referencia no novo nível)

3 - A progressão nas referências se dará a cada 3 anos com 80 horas de aperfeiçoamento; ou

3 - A progressão nas referencias se dará anualmente com 40 horas de curso de aperfeiçoamento, financiada preferencialmente pelo estado com autonomia da escola.


 


 


 


 

DAS GRATIFICAÇÕES


 

1 – Fica garantida a gratificação de triênio de 6% a cada 3 anos de dedicação no sistema;

2 – Ficam garantidas todas as gratificações da carreira do magistério,

3 – Discutir critérios nas assembléias regionais para as demais gratificações: Dedicação Exclusiva na rede estadual (40hs), Insalubridade; (a partir do que estabelece a legislação), difícil acesso, periculosidade;


 


 

DAS LICENÇAS


 

1 – Licença premio de 90 dias a cada 5 anos.

2 – Licença Sabática, de um ano a cada 7 anos de dedicação, para aperfeiçoamento profissional, com garantia de remuneração integral.

3 – Garantia de licença remunerada para cursar Mestrado e Doutorado.


 


 

DA JORNADA


 

1 – A jornada integral será de 40 horas aula, permitindo-se a proporcionalidade da carga horária em 10hs, 20, e 30hs, com gratificação de dedicação exclusiva, sendo 1/3 destinada para hora atividade, conforme lei do Piso Salarial Profissional Nacional.


 


 

Dos Cargos


 

1 – Todos os profissionais do Magistério serão considerados como cargos de Professor e serão diferenciados pela função que exercer na escola (supervisor, administrador, orientador, ATP);

2 - Cargo de funcionários administrativos (grupo de apoio da escola, (Bibliotecário, AE, vigia, servente, merendeira)).